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Campanha Setembro Amarelo chega ao seu quinto ano no Brasil



Neste mês, a Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP concentra os seus esforços na realização da sua maior campanha contra o estigma, a Campanha Setembro Amarelo.

Com o objetivo de combater o estigma e, consequentemente, prevenir o suicídio, a participação dos associados da ABP é fundamental para o sucesso da campanha. Ações por todo o país já estão acontecendo desde o último domingo, 01, coordenadas pela ABP e suas federadas.


Palestras, caminhadas, seminários e simpósios, entre outras iniciativas, marcam o Setembro Amarelo, com milhares de pessoas impactadas pelas ações da campanha. A presença em entrevistas para diversos meios de comunicação também mostra a importância social que a campanha já conquistou ao longo desses anos.


Por que a cor amarela?


Na década de 1990, o jovem americano Mike Emme comprou e reconstruiu alguns carros e, entre eles, um Ford Mustang 1968, pintando-o de amarelo. Por sua capacidade mecânica e por ajudar outros adolescentes e amigos, ficou conhecido com o 'Mustang Mike' na vizinhança.


Em 1994, Mustang Mike veio a óbito por suicídio, deixando apenas um recado aos pais: "Não se culpem, mamãe e papai, amo vocês". O ato foi totalmente inesperado, surpreendendo todos que o conheciam.

À época de seu velório e funeral, adolescentes se reuniram para confortar a família e um ao outro, conversando sobre o acontecimento. Ao pensarem em lembranças para que todos pudessem se lembrar de Mike, decidiram usar a cor amarela em alusão ao seu carro.


Na noite anterior ao velório, amigos se reuniram para produzir cartões com a mensagem "Ask4help!", em português, peça ajuda, decorando com fitas amarelas. A fita se tornou o símbolo do programa quando os adolescentes começaram a amarrá-los nos cabelos e prendê-los às roupas e chapéus no dia em que Mike morreu.


O Setembro Amarelo no Brasil

Em 2014, por iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP e do Conselho Federal de Medicina - CFM, a campanha Setembro Amarelo foi trazida para o Brasil. À época, participaram como parceiros da ABP e do CFM: Associação Médica Brasileira – AMB, Conselho Federal de Medicina – CFM, Federação Nacional dos Médicos – FENAM, Sociedade Brasileira de Neuropsicologia – SBNp, Cruz Vermelha, Centro de Valorização da Vida – CVV, Exército Brasileiro e o Ministério Público de São Paulo. Mas desde então o número de apoiadores aumentou muito e hoje a campanha já chegou ao Brasil inteiro.


Para o coordenador nacional da Campanha Setembro Amarelo, Dr. Antônio Geraldo da Silva, prevenir o suicídio é falar corretamente sobre o tratamento dos transtornos psiquiátricos: "Em 2019, trabalhamos com o conceito de que combater o estigma é salvar vidas. Tendo em vista a relação entre o óbito por suicídio e a presença de transtornos psiquiátricos, não podemos ignorar esta informação. O acompanhamento correto da doença mental de base é o primeiro passo para cessar a ideação e o comportamento suicida, que desaparece por completo após o tratamento adequado e multiprofissional".


Também presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina - APAL, o Dr. Antônio Geraldo continua: "o suicídio é uma emergência médica e, por isso, precisa de intervenção especializada para que possa ser evitado. O papel da sociedade na campanha Setembro Amarelo é fundamental para que possamos chegar ao maior número de pessoas possível com ações efetivas de orientação sobre o risco, fatores de proteção e também na emergência do suicídio. Temos que agradecer às federadas da ABP que estão participando ativamente da campanha".


Acesse www.setembroamarelo.com e saiba como participar da campanha!

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