Presidente da ABP participa de audiência sobre regulamentação da Psicoterapia
- ABP
- há 1 hora
- 1 min de leitura

Na última terça-feira, 5 de agosto, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) participou de uma audiência pública realizada no Senado Federal, representada pelo seu presidente Antônio Geraldo, para discutir a regulamentação da prática da psicoterapia no Brasil. As propostas em análise, apresentadas como sugestões legislativas, defendem que a psicoterapia seja exercida de forma exclusiva por psicólogos e médicos psiquiatras ou somente por psicólogos.
A proposta parte do princípio de que a psicoterapia é uma prática clínica, que exige formação técnica rigorosa, conhecimento científico e responsabilidade ética. Segundo os especialistas presentes na audiência, permitir que profissionais sem a formação adequada realizem esse tipo de atendimento pode trazer riscos aos pacientes.
"Precisa ter conhecimento profundo em psicopatologia, neurobiologia, desenvolvimento humano e ética clínica. Precisa ter um conselho de classe que regula, que orienta, que fiscaliza. A formação em psicoterapia no Brasil é parte orgânica da trajetória universitária apenas na psicologia e na formação médica, especificamente na matriz de competências do psiquiatra, incluindo disciplinas teóricas, estágios supervisionados, atualização técnica contínua", explicou o Presidente da ABP.
Estiveram também presentes na audiência representantes de instituições como o Conselho Federal de Medicina, o Conselho Regional de Psicologia (CRP), a Associação Brasileira de Psicologia Baseada em Evidências e outras. Todos reforçaram a importância de regulamentar a atividade para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes.
A ABP reafirma o seu compromisso com a defesa da especialidade e em oferecer tratamento ético e baseado em evidências científicas. A regulamentação da psicoterapia é uma medida fundamental para proteger a população e assegurar que o tratamento seja conduzido com rigor técnico e responsabilidade.